O homem não foi criado na eternidade

 

Em que pese, o homem ter sido criado de forma maravilhosa, com a imagem e a semelhança de Deus, o primeiro casal não foi criado dentro da dimensão da eternidade. Antes de criar o homem, Deus fez uma esfera nova, ou restaurou itens da criação já existente como a terra, o tempo era uma dimensão que não existia, enquanto na eternidade não há tempo, na dimensão do tempo, tudo está confinado, limitado e com prazo para terminar. Portanto, mesmo que Adão e Eva não tivessem comida da árvore do conhecimento do bem e do mal, para viver eternamente, eles certamente precisavam comer da árvore da vida. Quando algum ser ou coisa, é colocada na esfera do tempo, necessariamente, passará a sofrer os efeitos do envelhecimento, de modo que, tudo que está na dimensão do tempo, tem um prazo de validade.

Quando olhamos pelo ângulo visto por Salomão, notamos que a vaidade estava presa e confinada no tempo, sem Cristo não havia qualquer realidade que fosse nossa, tudo era como uma sombra ou ilusão de uma esfera que Deus não fazia parte, da qual, Ele era apenas o criador e o provedor, mas não havia elemento da natureza divina no tempo. Tudo que tinha realidade, estava recolhido e separado na eternidade, agora não, a verdade objetiva entrou também no tempo: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” - Jo 1:14 (JFAA).

Apesar de estarmos todos sujeitos a ação implacável do tempo (na dimensão física), temos consciência que o tempo está restrito e confinado, em uma dimensão relativa, com prazo definido para acabar. Trata-se de uma janela que foi aberta em Gêneses 1, deve ficar aberta, aproximadamente por sete mil anos, e deverá ser fechada em Apocalipse 20. A consequência mais marcante da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, é que o tempo não é mais considerado uma grandeza sempre existente e absoluta, como afirmavam os grandes pensadores da Física Clássica, como Isaque Newton e outros cientistas contemporâneos.

Se lermos a Bíblia cuidadosamente, veremos que o tempo deve se estender por um período de aproximadamente sete mil anos, sendo em torno de seis mil anos de história dos governos humanos e mil anos (Reino Milenar) do governo de Cristo na terra. A era da igreja, é um intervalo no cronômetro de Deus, então na nossa contagem, nós contamos esse tempo indeterminado, que só quem sabe é o Pai, separado dos sete mil anos. O Reino Milenar, que está às portas, deve começar logo depois da grande tribulação que se aproxima. Passadas as calamidades, naturais e sobrenaturais, dos três anos e meio da grande tribulação, Cristo deve retornar de modo físico e publicamente, visível a todos os habitantes da terra, para assumir o governo da terra inteira por um período de mil anos.

A História do governo humano termina no final desta era. A janela do tempo foi aberta por Deus em Gêneses 1:5 (primeiro dia) e deve ser fechada logo depois do milénio, em Apocalipse 20:14-15. A partir de Apocalipse 21, a humanidade redimida entrará na eternidade para fazer parte da Nova Jerusalém. Até o momento, nenhum homem entrou nos céus para sempre ainda, os apóstolos Paulo e João, foram arrebatados até o céu e viram muitas coisas para dá testemunho, para nós os que cremos, mas somente o nosso Senhor Jesus Cristo, como o primogênito de Deus, subiu aos céus definitivamente, e foi entronizado como Senhor e Cristo sobre todo o universo: “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” - At 2:36 (JFAA). Ora, em João 3:13, é afirmado que ninguém subiu ao céu, senão Aquele que de lá desceu, a saber o Filho do Homem.

 

A relatividade do espaço/tempo

 

Continuando as nossas considerações sobre a janela do tempo, humanamente falando, já está devidamente provado teoricamente, que o tempo é sim uma grandeza relativa, que depende da velocidade dos corpos. Observe que o tempo nem o espaço aparecem mais na relação fundamental formulada por Einstein (E = m.c2), ou seja, o tempo só se aplica para velocidades inferiores a velocidade da luz no vácuo. Para velocidades iguais ou superiores, se existir na dinâmica eterna, o tempo é nulo e voltamos para a dimensão da eternidade. Na eternidade teremos todas as memórias do tempo, todos os fatos acontecidos no tempo, em forma de memória complexa, em um presente contínuo e permanente.

A nossa maior dificuldade de percepção dessa realidade, é devido ao fato de não estamos habituados a trabalhar esses conceitos no nosso cotidiano, de modo que sejam incorporados nas nossas formas de raciocínio. Alguns podem achar que se trata de algo longe da realidade ou uma “viagem”, entretanto, quase tudo que a Bíblia predeterminou para acontecer no tempo, já aconteceu, hoje esses fatos estão registrados na História. Não podemos esquecer de profetas como Daniel e outros, que escreveram pormenorizadamente os acontecimentos, principalmente sobre a sucessão dos reinos no governo humano.

Então, que concordemos ao não, que nos deixe felizes ou não, o restinho das profecias vai acontecer, pode crer e esteja preparado. Em breve, os sinais do final dos tempos, vão acontecer mais frequentemente. Surgirá na região do antigo Império Grego-Macedônico, um estadista capaz e muito habilidoso, que governará toda a terra por pouco tempo, por um período de sete anos. Ele será o anticristo que foi profetizado em toda a Bíblia. Esse homem intermediará uma aliança entre Israel e os povos árabes, o terceiro templo será edificado, e a parte forte da igreja será arrebatada diretamente até o trono de Deus. Depois que o Filho Varão for arrebatado a terra não será mais um bom lugar para se viver.