A dificuldade do homem natural para entender o plano de Deus
O homem natural, tem uma dificuldade tremenda, para entender as coisas espirituais e místicas de Deus. A razão para isso, é que as coisas espirituais, só podem ser discernidas espiritualmente. Não podemos entender a cultura divina e celestial de Deus comparando-a com a nossa cultura humana caída. Muitas pessoas, já formularam a pergunta que fariam a Deus, se pudessem conversar diretamente com Ele. Nesse sentido, temos músicas, poemas e várias outras publicações, sempre tentando desvendar o mistério e procurando explicações para a nossa existência nessa terra. Entre essas pessoas, estão algumas que eu admiro muito, tanto pela obra como pela inteligência delas, como é o caso do nosso paraibano Ariano Suassuna.
Certa vez, lhe perguntaram se ele cria na existência de Deus, e a resposta foi pronta que sim. Segundo ele, Deus seria a única explicação e a razão para: “podermos conviver com a visão amarga, dura, atormentada e sangrenta do mundo. Ou existe Deus, ao a vida não tem sentido nenhum, bastaria a morte”. Observe que ele usou o espírito e o sentido correto. Como temos comentado nestes livros, no cativeiro da corrupção no qual estamos presos, essa é a dura realidade, devido ao pecado, o mundo se tornou: amargo; duro; atormentado e sangrento. Isso é fato e não temos como contestar. Na oportunidade, ele também comentou sobre a pergunta formulada em forma de versos, por Leandro Gomes de Barros, que falam o seguinte:
“Se eu conversasse com Deus
Iria lhe perguntar:
Por que é que sofremos tanto
Quando viemos pra cá?
Que dívida é essa
Que a gente tem que morrer pra pagar?”
Nesse primeiro verso, muito bem elaborado, já observamos que o espírito não é o mais correto, não entendendo que a morte é o resultado do pecado ter entrado na humanidade, então, ele passa a atribuir a Deus a culpa pelos nossos sofrimentos. Quem morreu em uma cruz para pagar a dívida, não foi eu nem ele, Deus mesmo teve a iniciativa de se tornar um homem e morrer na cruz para poder nos livrar do pecado. Não tinha outro jeito, se eu morresse por mim mesmo, ficaria na morte, preso no Hades, não poderia voltar da morte, somente Ele poderia realizar tal obra, precisamos entender isso de uma vez por todas. Vamos passar para o segundo verso:
“Perguntaria também
Como é que ele é feito
Que não dorme, que não come
E assim vive satisfeito.
Por que foi que ele não fez
A gente do mesmo jeito?”
Muito interessante, sim, Deus poderia ter nos feitos do mesmo jeito, e digo mais, no ambiente da eternidade para não envelhecermos em função do tempo. Ora, desse jeito, Ele já havia feito os anjos, mas nem eles, podiam resolver o problema do universo! Entende? Deus precisava fazer o homem e isolar o problema fora da eternidade! Veja que foi exatamente aqui, na esfera da dimensão do tempo, que as coisas se resolveram e ainda estão se resolvendo. Todavia, não se preocupe, estamos muito perto de começarmos a experimentar um gostinho da eternidade, é pra lá que estamos indo. Depois de terminado o processo no tempo, na eternidade, a vida humana será ainda mais elevada que a vida angélica! Não é maravilhoso? Vamos analisar o último verso:
“Por que existem uns felizes
E outros que sofrem tanto?
Nascemos do mesmo jeito,
Moramos no mesmo canto.
Quem foi temperar o choro
E acabou salgando o pranto?”
Quem está feliz com essa situação? E quem não passa por sofrimentos debaixo do tempo? Devido a situação de cativeiro que ainda estamos sujeitos, o sofrimento é a regra e a felicidade é uma ilusão passageira. Não importa quem a pessoa seja, ou quanto dinheiro e status ela tenha, quem disse que isso pode fazer alguém feliz? Tudo é uma ilusão e um grande pesadelo devido ao pecado. Não é que Deus errou o tempero! Já pensou o paraíso que seria essa terra se não fosse o pecado? Mesmo assim, ainda vemos pessoas partindo, depois de cem anos de vida, e ainda não querem deixar essa terra. Apesar de tudo, ainda é muito bom vivermos nesse corpo terreno. Tenha bom animo! Tudo será melhor depois da volta do Senhor, e na Nova Jerusalém, então tudo será perfeito.