Os modelos teóricos da evolução


      Nossas observações, dos diversos modelos e teorias, começaram mais especificamente no ano de 1985, quando entrei na universidade para cursar a minha primeira graduação em História. Havia uma professora, no primeiro período do curso, que gostava de promover debates entre os alunos dos diversos períodos. Ela então, formou três grupos de alunos: um para defender o criacionismo bíblico; outro para argumentar em favor da teoria da evolução de Darwin, e o terceiro, para julgar e questionar os dois grupos sobre suas considerações no debate. A princípio, havia três grandes grupos de alunos, mas à medida que as pesquisas começaram a evoluir, terminamos ficando em somente três componentes, para defendermos o evolucionismo, e os demais integrantes migraram para os outros dois grupos. Ora, ficamos somente: eu; Aquino e o Chagas. Os demais, colegas se posicionaram frontalmente, a favor do criacionismo religioso e nos deixaram sozinhos. A professora, que era evolucionista, ficava nos motivando e contribuindo conosco, na esperança, de que nós não abandonássemos também o barco e assim acabasse com o esperado debate.

    Todavia, como era uma situação que poderia contribuir muito, para a nossa formação acadêmica, então, nós decidimos firmemente, enfrentar sozinhos o outro grande grupo. Nunca estudamos tanto nas nossas vidas, era uma verdadeira enxurrada de papel, de cópias e livros que estavam relacionados com o nosso objetivo. Tudo que pudesse servir para reforçar a nossa argumentação, era lido, analisado e ensaiado para a nossa apresentação no debate. Estudamos exaustivamente, as teorias para explicar o surgimento da vida, como a teoria dos coacervados, e tudo que pudesse nos servir de apoio, desse modo, nos preparamos para refutar tanto as ideias do criacionismo religioso, e principalmente, a existência de Deus e a autenticidade da Bíblia. Entramos a fundo nas especulações e na teoria dos coacervados, que propõe que os gases da atmosfera deram origem a substâncias orgânicas, que originou a vida nos oceanos primitivos. Segundo essas ideias, a Terra primitiva era quente, com grande quantidade de erupções vulcânicas e constantemente atingida por meteoros.

     Enfim, segundo esse argumento, um caldo tóxico super esquecido, teria iniciado a vida no nosso planeta. Nós, simplesmente, não sabíamos como apresentar tal argumento tão controverso e convencer as pessoas com essas ideias. Mas, uma vez no jogo, tentamos de todas as formas viabilizar as ideias e convencer o outro grupo. Outras teorias também foram analisadas, como a biogênese, que afirma que um ser vivo só pode surgir a partir de outro pré-existente. Então, ficamos diante de um grande problema, para resolver antes da apresentação. Desse modo, decidimos dá maior ênfase em algumas coisas e ofuscar outras, é assim que essa tática funciona, em algumas ideias no mundo teórico. Afinal, não dava para apresentar, dois argumentos frontalmente contrários. Para nós, ficava uma grande interrogação, como teria de fato surgido o primeiro ser vivo na Terra? Ora, segundo essas teorias, inicialmente, a atmosfera da Terra primitiva era formada por alguns elementos básicos: vapor de água; amônia; hidrogênio e metano.  

    Ora, como não havia ainda a proteção da atmosfera terrestre, como temos hoje, e essas substâncias se encontravam em constante instabilidade, ficamos imaginando, como isso seria possível, em função das descargas elétricas e da radiação intensa, isso tudo tornava nossa defesa ainda mais difícil. Para nós, esses argumentos poderiam ser usados exatamente para argumentar ao contrário, considerando que, uma coisa prefeita e delicada como é a vida, jamais poderia ter se originado nessas circunstancias tão desfavoráveis. Ora, a temperatura, deveria atingir níveis muito mais elevados na superfície do planeta. Sem falar, que a ideia defende abertamente que o planeta era atingido constantemente por meteoros. Em função dessas ideias, muitos ainda acreditam que a água e o carbono chegaram na Terra graças a essas colisões com meteoros e cometas. Com o passar do tempo, a Terra foi esfriando, e isso fez com que ocorresse o endurecimento de rochas e consequentemente a formação da crosta terrestre. Assim, teria se iniciado também a condensação do vapor de água e o início das chuvas.

      Com as chuvas, teria ocorrido a formação de lagos e oceanos, e nesses locais, teria possivelmente a vida se originado. Veja que “viagem”, de fato, quem não crer em um criador, precisa crer em muitas tolices para poder dizer ser um ateu convicto. O resultado de todo nosso empenho, foi que ganhamos o debate por quase unanimidade dos votos, somente alguns poucos evangélicos, votaram a favor do criacionismo, mesmo não havendo nenhuma sustentação interessante, além da trivial e simplória de um ou dois que falaram alguma coisa. Todavia, mesmo ganhando o debate de forma brilhante, sabíamos que os nossos oponentes não estudaram e os nossos argumentos, poderiam ser facilmente contestados. Então, foi assim que decidimos também estudar um pouco sobre a Bíblia, e para a surpresa, até de nós mesmos, chegamos à conclusão que a Bíblia corresponde com a boa Ciência, e as terias, que tanto defendemos, não passavam de argumentos vazios, e assim nasciam mais três novos cristãos fervorosos dentro do curso de História. Desde aquele tempo, eu e os irmãos Aquino e Chagas, temos dado testemunho de um Deus vivo e verdadeiro, não religioso, que é o criador, a centralidade e a universalidade de todas as coisas existentes.