Vamos começar a nossa série, pelo ponto central de tudo que vamos compartilhar, considerando que se não tivermos uma convicção formada sobre a existência de Deus, não teremos como acompanhar os demais pontos que vamos desenvolver. Alguns podem até achar desnecessário. Todavia, estamos preocupados com aqueles que ainda não tiveram qualquer experiência com o Senhor. Para nós que já cremos no Senhor, que temos a experiência de usar e exercitar a nossa fé, realmente tudo fica mais familiar e fácil de entender. 

O Deus Triúno, falou os termos façamos e nossa. Como assim? Alguém poderia perguntar, havia mais alguém no ato da criação do homem? Na verdade, para criar o homem, houve uma espécie de comunhão entre a Trindade Divina. O Deus único, tem os aspectos de três: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” - Gn 1:26 (JFAA).

O evangelho é uma pessoa viva, a instrução pode mudar apenas o comportamento exterior de uma pessoa, mas não pode mudar a natureza interior das pessoas. O pecado, é uma natureza estranha que entrou no homem, não existe doutrinas que possam mudar essa natureza no homem. O pecado não é somente um conceito errado que o homem deixou entrar na sua mente. Quando ouço algumas pregações, especialmente pela televisão, fico chocado com esse tipo de engano. As pessoas tratam o pecado como se fosse apenas algo errada na mente do homem. 

A regeneração é a porta de entrada e a glorificação é a porta de saída. Os demais estágios se dão de acordo com a necessidade e em conformidade com o trabalhar do Espírito da Vida em cada um de nós. Tanto na aplicação exterior como na experiência interior. Não existe nenhuma liturgia, ritual ou procedimento definido ou preestabelecido para ser seguido por nós, para o desenvolvimento da salvação subjetiva. Todavia, a Bíblia menciona várias práticas que podemos adotar no nosso viver cristão. Alguns gostam de orar mais, outros de ler mais a Bíblia, todavia, aqui temos o equilíbrio.

A melhor forma, para entendermos a segunda vinda de Cristo, é começando pelas profecias de Daniel. As setenta semanas de Daniel, são muito famosas, mas poucas pessoas as entendem adequadamente. Essas semanas são de anos e não de dias, compreendem parte da era da lei, a era da graça é como um intervalo, entre a morte do Ungido e a Sua volta, e só depois vem a última semana no final. Neste volume, você vai poder desvendar todos os aspectos principais envolvendo a volta do senhor e receber orientações para se preparar espiritualmente para esse encontro.

A superficialidade humana é o resultado de um viver sem a presença de Deus, e sem Deus, a humanidade entrou em um longo e penoso processo de envelhecimento e vaidade, tão incapacitante e profundo, que vai terminar na inexistência permanente com a morte. Toda humanidade caída, forma o velho homem coletivo que manifesta a carne, o pecado e o mundo sistematizado com suas culturas e formas diferentes de viver. No jardim do éden, antes da queda, o certo e o errado, o bem e o mal, não tinham qualquer influência sobre o homem criado.

O véu que fazia a separação entre o santo lugar e o santo dos santos, já foi partido, de alto a baixo, significando que a iniciativa de remover a separação que existia, foi do próprio Deus. O sacerdote só podia entrar no santo dos santos, uma vez por ano, e com o sangue para fazer a propiciação pelo povo. Agora, nós já temos o sangue precioso de Jesus Cristo, que é permanente e tem eficácia eterna, o acesso a árvore da vida foi liberado novamente, podemos ter comunhão com Deus por meio do sangue de Jesus o justo. E como sacerdotes, podemos levar outras pessoas a também serem reconciliadas com Deus. 

É muito comum vermos as pessoas assumindo partidos e emitindo juízo de valor, sobre os conflitos e a nação de Israel, baseadas apenas nos seus sentimentos naturais, assim como comporta-se um torcedor de um time de futebol qualquer. Ora, Israel não é uma nação qualquer e não tem uma história qualquer, Israel é o povo escolhido por Deus, para expressá-lo e representá-lo na época do Velho Testamento. Portanto, estudar a história de Israel meramente pelos acontecimentos físicos, é ignorar as diversas manifestações reais de Deus no meio deles.

Sempre que o fato envolve a nação de Israel, é preciso tomar cuidado e não emitir nenhum juízo precipitado. Todos querem falar e emitir opiniões, alguns até mesmo baseados no noticiário da grande mídia brasileira, que é quase sempre tendencioso. Os fundamentos dessas controvérsias palestinas são mais antigos do que podemos imaginar. Não é somente uma luta por território, não, existe uma grande questão espiritual por trás de tudo isso. A Bíblia é maravilhosa, tudo o que está acontecendo hoje foi prefigurado desde o início do Antigo Testamento, principalmente em Gêneses, o primeiro livro da Bíblia.

Neste volume, vamos fazer uma verdadeira viagem no tempo, porém, não será uma aventura de ficção científica, ou mera especulação para produção de obra cinematográfica. Na verdade, vamos viajar pela dimensão do tempo de forma racional e prática, baseados na realidade histórica dos fatos, que já foram comprovados pela Ciência, assim como registrados pela História. Da mesma forma, como já conversamos nos volumes anteriores, vamos comparar os fatos históricos com os relatos bíblicos correlatos, sempre procurando entender qual o sentido prático para a existência do tempo.